terça-feira, 24 de abril de 2012



Eliane estava no auge da carreira quando recebeu a notícia de que estava com um câncer no intestino. Mágoas, estresse e má alimentação podem ter favorecido a formação do tumor. Muitos amigos voltaram a procurá-la depois de saber que ela estava doente e foram uma ótima fonte de apoio, além de seu marido com quem está casada há 22 anos. Eliane continua na luta, em tratamento, sempre com bom humor e alto astral. Foi através das palavras que ela encontrou uma forma de ajudar a outras pessoas. Já escreveu dois livros e ainda criou um blog.

sábado, 14 de abril de 2012



Aos 26 anos, João Carlos Pecci sofreu um acidente de carro que causou danos na sexta vértebra paralisando parte de seu corpo. Ficou tetraplégico, mas com muita dedicação, conseguiu reverter o quadro e se tornou paraplégico, algo que surpreendeu até a equipe de médicos. Neste período, sentiu que sua vida pararia, mas a família e os amigos foram essenciais para superar a dor. Conheceu Márcia, que se tornou sua esposa e com ela, segundo ele, alcançou a conquista mais bonita da sua vida: a filha deles, Marina. Para melhorar o movimento dos dedos da mão direita, Pecci começou a pintar quadros, gostou tanto que fez da terapia, uma profissão. A literatura foi a outra arte abraçada e que já lhe proporcionou a publicação de três livros: “Velejando a vida“, “Minha Profissão é Andar” e “Toquinho, 40 anos de Música”.

terça-feira, 10 de abril de 2012



Nilton surfa desde os 11 anos. É apaixonado pelo mar, pelo contato com a natureza. Um dia, quando tinha por volta dos 30 anos, sua prancha bateu em sua perna. A partir daí, Nilton percebeu um caroço e bastaram dois meses para que ele perdesse parte da perna. Nilton tinha um câncer, bastante agressivo. Passou pela quimioterapia, radioterapia e pelos medicamentos fortíssimos utilizados contra a doença. Lidou com muitos momentos de desânimo, de depressão e de muitas mudanças. Precisou se adaptar a sua nova condição. Contudo, nunca desistiu de lutar por novas conquistas e a volta ao surfe foi uma delas, num momento emocionante e inesquecível.



Raimunda Helena e sua família passaram por uma enchente em 1988 e perderam tudo o que tinham. Logo depois, veio a cegueira, causada pelo trauma. Acostumada a uma vida ativa, se sentiu uma pessoa completamente inútil e decidiu se matar. Saiu de casa decidida a se jogar da Ponte Rio-Niterói. No caminho, concluiu que, ao se matar, estaria matando também a sua família. Começou a se sentir covarde com sua decisão e resolveu lutar. Concluiu que tinha perdido a visão e não a capacidade. Aprendeu a usar a bengala para ter mais independência, aprendeu a ler em Braile e hoje, além de cuidar da sua casa e da sua família, faz artesanato para complementar a renda familiar. Raimunda se diz extremamente feliz.

segunda-feira, 2 de abril de 2012



Beto Volpe tinha 28 anos quando, em 1989, soube ser portador do HIV. Na época, foi uma sentença de morte. Durante os sete anos seguintes, viu vários amigos morrendo e, segundo ele mesmo, cometeu o maior erro de sua história, usou e abusou das drogas. O coquetel chegou antes do que o esperado, e, em 1996, quando tinha sido considerado paciente terminal, os primeiros antiretrovirais foram colocados em circulação. Beto, então com apenas 34 dos 68 quilos que costumava pesar antes, foi resgatado da morte iminente. Os efeitos colaterais se multiplicaram, mas o humor sempre foi o grande aliado dele nesta luta. O amor e apoio da família não ficaram para trás. A grande superação foi quando resolveu se juntar a outros pacientes de São Vicente e decidiram ajudar famílias necessitadas. Hoje atendem a cerca de duzentas famílias no litoral de São Paulo. O Beto Volpe de hoje se define como uma pessoa que ama o próximo como a si mesmo.

sábado, 31 de março de 2012



Paulo Eduardo, o Pauê, sempre foi ligado aos esportes. Um dia, enquanto andava por uma linha de férrea desativada, a caminho da academia de ginástica, veio o trem, silencioso, apagado, e ocasionou um acidente. Pauê perdeu suas duas pernas aos 18 anos. Passou por cirurgias, sofreu paradas cardíacas. Ficou internado por 2 meses. Sentiu medo em um primeiro instante. Depois, viu no esporte o seu alicerce. Voltou a surfar e a nadar.
Hoje, é triatleta. Ganhou medalha de bronze no panamericano. É o primeiro bi-amputado do país a ganhar o ironman (modalidade esportiva que inclui a natação, a bicicleta e a corrida). Hoje também é palestrante, concluiu a faculdade de fisioterapia e escreveu o livro “Caminhando com as próprias pernas”.

quarta-feira, 28 de março de 2012



Roberto Rodrigues Rios era diretor de uma empresa da área de importação, quando numa sexta-feira, voltando de Guarulhos, parou no sinal e foi atingido no ombro por um tiro. Foram vários dias no hospital. Quando descobriu que estava paraplégico, sua vida passou a ser levada a base de muitos remédios, antidepressivos. Até que um dia, depois de muito choro e tristeza, resolveu largar os medicamentos. A partir daí, começou a estudar sobre a lesão que o deixara na cadeira de rodas e lançou seu primeiro projeto em prol da pessoa com deficiência, que foi o Gibi do Leme, que trazia informações úteis ligadas ao deficiente físico.Roberto foi convidado para apresentar um programa de entrevistas, no qual passou a trazer à tona debates sobre acessibilidade, esportes, carros adaptados, leis e outros assuntos de prestação de serviço. Foi pioneiro em vários projetos políticos para as pessoas com deficiência. Roberto Rios, hoje, tem 54 anos, é paraplégico há nove. É casado e pai de três filhos, acredita que o preconceito está muito mais relacionado à postura e acredita em uma sociedade naturalmente inclusiva daqui para frente.